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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

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O BCE responde à crise da dívida europeia...não fazendo nada.    
Mais um dia, outro fracasso de um banco central.

O Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira viu-se frente a frente com uma recessão e uma crise financeira e decidiu não fazer absolutamente nada sobre isso. Foi um episódio que parece ter sido tirado da cartilha do Federal Reserve (o Banco Central dos EUA) que, na quarta-feira, encarou uma desaceleração da economia (americana) e alto desemprego na cara, e decidiu não fazer absolutamente nada sobre isso.

Os dois bancos sugeriram fortemente que qualquer tipo de ação só acontecerá depois de agosto, quando os europeus voltam de férias (quase coletivas durante o verão). Mas eles estão insinuando que fariam alguma coisa há meses, sem fazer nada, então você pode desculpar de certa forma os mercados financeiros, por ficarem um pouco decepcionados (e impacientes).
"A falta de ação tanto do Fed, quanto do BCE esta semana, está em gritante contraste com as suas austeras avaliações econômicas", Marc Chandler, o chefe global da estratégia de câmbio da Brown Brothers Harriman, escreveu em uma nota. "A avaliação e ação correspondentes virão a acontecer,  mas não tão cedo quanto os investidores querem. "
Na semana passada, por exemplo,  o chefe do BCE, Mario Draghi, disse que seu banco central faria 'o que fosse necessário' para salvar o euro. Aparentemente, ele não quiz dizer quando o faria, mas sem nenhuma pressa.
O BCE manteve sua taxa de juros de espera em 0,75 por cento, ou cerca de meio ponto percentual superior à taxa do Federal Reserve. Numa conferência de imprensa, Draghi disse que o banco estava preparando um plano para comprar mais títulos soberanos europeus, para ajudar a aliviar as pressões de financiamento na Espanha e Itália. Mas o banco também disse que os governos teriam que pedir por isso, em primeiro lugar e de preferência dizendo por favor com uma cobertura de açúcar.
A Espanha e Itália poderiam usar a ajuda, mais cedo do que mais tarde. Na última verificação, os títulos espanhois de 10 anos tinham voltado a passar dos 7 por cento, uma espécie de zona da morte para os custos de empréstimos feitos por governos. Não é possível ficar acima desse nível por muito tempo, sem precisar de um resgate. Os tíutulos da Itália com prazo de 10 anos, saltaram acima de 6 por cento, o que é desconfortavelmente alto.
Os investidores temem que as enormes economias da Espanha e Itália em breve precisem de resgates, o que pode colocar uma pressão sobre todas as finanças da Europa. Essas preocupações têm trazido levado a atividade de fabricação, em todo o mundo incluindo os EUA, a quase uma freiada de emergência.
A resposta dos decisores políticos tem sido visivelmente fraca e "coordenada pela inação dos bancos centrais: o Fed, o BCE, o Banco da Inglaterra, o Banco da China" segundo o professor de economia de Wharton, Justin Wolfers twittou.
Numa possível defesa do Fed,  pode-se dizer que já cortou as taxas de juros para quase zero e lançou várias rodadas de compra de títulos. Alguns funcionários do Fed pensam que os riscos de tomarem mais medidas pesem mais que os seus possíveis benefícios.
O BCE, por sua vez, está algemado por um único mandato, que é o de preocupar-se interminavelmente com a inflação, mesmo quando ele própio já disse que a inflação é inexistente. E o BCE tem a Alemanha, o tesoureiro do continente, olhando por cima dos seus ombros e constantemente o empurrando contra uma ação agressiva.
Draghi tentou colocar a bola de volta no campo dos políticos europeus, os quais estão atualmente de férias. Talvez, enquanto eles estão na praia, estejam pensando seriamente sobre uma solução dramática para os seus problemas, mas a história oferece pouca esperança para acreditar nisso.
Da mesma forma, o Congresso dos EUA pode retomar medidas agora para ajudar a economia dos EUA mas, novamente, a história oferece pouca esperança.
Os únicos decisores políticos com a rédea solta para fazer alguma coisa agora são os bancos centrais, mas eles decidiram passar o resto do verão (europeu) de férias.

http://www.huffingtonpost.com/mark-gongloff/ecb-european-debt-crisis_b_1732871.html

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