Mercados caem, encontro Merkel-Sarkozy decepciona
As ações européias caíram depois de uma reunião entre os líderes frances e alemã que não conseguiram acalmar os temores dos investidores de que a crise da dívida pode se espalhar ainda mais.
Os dois líderes concordaram em pressionar por uma maior integração económica na zonado euro, mas não anunciaram nenhuma medida específica para combater a crise.
Os índicesDax de Frankfurt e de Londres FTSE 100 cairam cerca de 1%, enquanto o CAC 40 de Paris perdeu cerca de 0,2%.
O preço do ouro também atingiu uma alta de um novo recorde, refletindo que a incerteza continua. Depois de cair de volta para o final da semana passada, o preço atingiu 1.795 dólares a onça no início do pregão.
A proposta de imposto sobre transações financeiras (feitas pela dupla Sarkosy-Mertkel) também atingiu as ações de bancos.O Deutsche Bank, BNP Paribas e Barclays caíram cerca de 3%. Ações na Bolsa de Londres e Deutsche Boerse também cairamu por uma quantidade similar.
A cúpola de Paris teve a intenção de enviar um sinal de que esses dois líderes reconhecem que, se a moeda única está trabalhando, ela vai exigir uma maior integração econômica. "
O imposto pode ser usado para levantar dinheiro para ajudar a reforçar os fundos de resgate futuro, mas a proposta já obteve a oposição de um Estado membro.
"Nós não podemos ter uma situação em que há um imposto sobre transações em Dublin e não há imposto sobre operações em Londres", disse o ministro das Finanças da República da Irlanda , Michael Noonan.
Eurobonds
A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy chamaram na noite de terça-feira para uma "governança econômica verdadeira" para a zona do euro em resposta à crise da dívida.
Os líderes pediram muito uma política econômica muito mais próxima na zona do euro , mas disseram que isso só poderia ser alcançado por um processo "passo-a-passo" .
Merkel sublinhou ainda que a emissão dos chamados eurobonds - IOUs emitidos para os investidores apoiados pela zona do euro como um todo, em vez de países individuais - não estaria na agenda até que a mais perto de que união económica tenha sido alcançada.
Alguns políticos e investidores têm argumentado que a emissão desses títulos seria percorrer um longo caminho para acalmar os mercados de ações volátil e resolver a crise da dívida.
Tanto o ministro das Finanças italiano, Giulio Tremonti, e bilionário investidor George Soros apoiaram a ideia.
A harmonização fiscal
Para fazer face às preocupações sobre os níveis elevados de endividamento entre os governos da zona do euro em geral, Merkel também propôs que a exigência dos Estados membros equilibrarem seus orçamentos, deve ser consagrados em cada uma das suas constituições.
Em outra iniciativa para aumentar as receitas fiscais, os líderes defenderam a harmonização das taxas de imposto sobre as sociedades através da moeda única.
Os dois líderes também disseram que queriam reuniões bi-anuais dos 17 chefes dos governos da zona euro, presidido por Herman van Rompuy, atual presidente do Conselho Europeu.
"Não havia qualquer novidades como as propostas que tinham sido mencionados ao longo dos últimos dias. Globalmente, o resultado da reunião não foi convincente, com nenhum projeto de eurobonds", disse Patrice Perois a Kepler Capital Markets.
Merkel e Sarkozy se reuniram em Paris, na sequência da recente turbulência no mercado financeiro, que veio em meio a temores de uma recessão global renovada e preocupações de que Espanha e Itália podme ser arrastadas para a crise de dívidas.
http://www.bbc.co.uk/news/business-14555275
