As montadoras americanas de automóveis vão depender dos BRICS
Em todo o mundo, as marcas americanas têm uma reação "cool factor" (bacana!) do que eles têm domesticamente. E as montadoras dos EUA estão à procura de explorar isso.
O futuro das montadoras americanas pode ser resumido em uma sigla, BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China.
Michelle Krebs, analista sênior para o mercado automotivo do site Edmunds.com, diz que esses quatro países têm os mercados que mais crescem no mundo. Eles também estabeleceram uma fabricação própria, e eles estão fazendo dinheiro em commodities. Isso significa que eles têm dinheiro para queimar.
"Há uma população jovem que está entrando em idade de ter um carro. E há uma classe média crescente em todos os países, que está tornando possível comprar carros. O que nunca existiu antes", diz ela.
Esse potencial não foi perdido para os fabricantes de automóveis americanos. Esta semana, eles estabeleceram seus planos para o futuro.
A General Motors apresentou as suas idéias, na sua reunião anual de acionistas em Detroit - a primeira desde que a empresa se recuperou da falência.
"É realmente uma nova GM e temos uma nova atitude", diz o CEO Dan Akerson.
No Brasil, Rússia, Índia e China, a GM está liderando. "No Brics entre agora e 2015, o volume [de vendas] vai crescer para 12 milhões de unidades. Esse volume é um bom presságio", diz Akerson.
Mas, diz Krebs, é importante lembrar que os preconceitos que muitos americanos têm contra a GM e a Ford foram transferidos para outros países.
Enquanto a GM estava perdendo a confiança do consumidor e a participação de mercado nos EUA, ela estava plantando sua bandeira no exterior com a marca Buick. A Buick "cresceu e cresceu", diz Krebs.
E, a GM está olhando para crescer ainda mais. A empresa estará lançando uma nova marca voltada para consumidores jovens, que estão investindo em cidades da China para comprar o seu primeiro carro.
Enquanto isso, a Ford não vai ser superada. Ela diz que vai vender cerca de 3 milhões de carros fora dos EUA.
A Ford planeja simplificar-se e obter economias de escala em todo o globo. A empresa anunciou hoje que está começando uma nova parceria na Rússia, com uma fábrica perto de São Petersburgo.
Gary Bradshaw, gerente de portfólio da Hodges Capital Management, em Dallas, diz que as empresas americanas de automóveis podem ter sido derrubadas nos EUA, mas não a nível internacional.
"Basta lembrar que no resto do mundo, seja onde for, na China, Brasil ou no Paquistão ... eles querem viver como nós", diz Bradshaw.
Ele espera que isto signifique que eles querem dois carros na garagem.
http://www.upi.com/Business_News/Energy-Resources/2011/06/09/BP-has-no-regrets-regarding-Rosneft-deal/UPI-93651307618210/
..