Os bastidores do negócio Gazprom-Total (vistos pelo Economist)
Na véspera do Dia da Bastilha, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu um presente real para o recém-eleito presidente da França, Nicolas Sarkozy, permitindo que uma empresa de petróleo francesa entrasse no altamente tentador setor de energia da Rússia. Depois de anos de deliberação, a Gazprom, a gigante russa de gás que também serve como auxiliar do Kremlin para política externa, escolheu a Total francesa para desenvolver o gigantesco campo de gás offshore Shtokman no Ártico. Existe muito pouca dúvida que o negócio foi acertado pessoalmente entre Putin e Sarkozy. Um dia antes de ter sido anunciado, os dois discutiram o acordo por telefone. A Gazprom anteriormente havia incluído empresas como a NorskHydro , a Statoil e a Chevron numa lista de possíveis sócias no projeto. No outono passado rejeitou todas elas dizendo que desenvolveria o projeto sozinha. Agora fez o acordo com a Total, que vai ter 25% do negócio (NR: veja notícia anterior). Mas porque a escolha da Total, que era considerada a menos provável vencedora? A resposta é a política. A decisão faz parte da tática do Kremlin de fazer acordos de energia bilateralmente com países europeus e converter suas empresas nacionais em defensores dos interesses comerciais e políticos de Moscou.
http://www.economist.com/business/displaystory.cfm?story_id=9495268
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