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A gozada ameaça de petróleo do Irã  segundo a Bloomberg

Enfrentando ainda mais sanções brutais e uma economia de tancagem , o regime islâmico no Irã tentou ontem um  pequeno susto pré-Halloween nos mercados, ameaçando cortar totalmente as exportações de petróleo. "Se vocês continuarem a adicionar às sanções, vamos parar nossas exportações de petróleo para o mundo", o ministro do Petróleo Rostam Qasemi disse em uma coletiva de imprensa em Dubai. "A falta de petróleo iraniano no mercado  vai adicionar drasticamente ao preço."

Os mercados de petróleo decidiram que o truque que o Irã tentou teve ainda mais um deleite: O preço de referência (WTI) caiu 1,98 dólares o barril, ou 2,3 ​​por cento, para 86,67 dólares, o menor preço de fechamento desde 12 de julho.

Obviamente, os mercados são instáveis ​​- a queda de ontem foi provavelmente causada por relatórios de lucros decepcionantes - e se o Irã realmente cumprir a ameaça poderia causar algum choque de preços. Mas a alavancagem do Irã é muito reduzida: Graças às sanções lideradas pelos EUA, as exportações caíram para cerca de 900 mil barris por dia, uma queda dos 2,2 milhões por dia no final de 2011.

A verdade é que se os mulás realmente desligarem a torneira seria ainda viável para o mundo e um risco de vida para o próprio Irã. O petróleo é a espinha dorsal da economia e compõe cerca de 80 por cento das exportações do país.

Embora a razão ostensiva para as sanções do Ocidente esteja forçando um fim para o esforço nuclear iraniano, um efeito colateral bacana seria o colapso do próprio regime sob pressão interna. Afinal, levou apenas a auto-imolação de um tunisiano vendedor de frutas para transformar completamente o mundo árabe. Recuperando-se de tumultos sobre o enfraquecimento da moeda do país no início deste mês, o regime parece estar tentando duas faixas opostas: falar duro sobre petróleo e enriquecimento de urânio , e procurar negociar um-a-um com os EUA

De qualquer maneira, a resposta certa para o Ocidente é a de manter o aumento da pressão. O governo de Barack Obama merece elogios sobre a questão, e Mitt Romney foi correto a dar crédito onde o crédito era devido no debate de segunda-feira sobre a política externa. Parece que não importa quem ganhar corrida presidencial dos EUA, os líderes do Irã sairão  perdedores.

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