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quinta-feira, 6 de setembro de 2012





Venezuela: acidente ou sabotagem?

(opinião sindical, traduzida pelo Pravda russo))




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Em primeiro lugar, o incidente destaca os riscos que os trabalhadores do petróleo estão expostos. Aqueles que trabalham no setor de petróleo, por meio de seus sindicatos, estão sempre recolhendo as políticas de segurança para garantir a integridade física e saúde dos trabalhadores e dos moradores que vivem em torno das refinarias e fábricas. Na Venezuela, como no Brasil, nossas diretrizes vão além da remuneração emquestão. No Brasil, os trabalhadores da Petrobras de petróleo, que estão atualmente em uma campanha salarial, resolveram suas reivindicações com a empresa desde 16 de agosto, e há capítulos inteiros sobre a falta de segurança no trabalho.

Entretanto, mesmo com todas as precauções, o trabalho é arriscado e acidentes acontecem.

 No caso do incêndio na refinaria na Venezuela, alguns aspectos não podem ser ignorados. O país está em um ano eleitoral e os candidatos, Hugo Chávez, permanece com 20 pontos percentuais à frente de seu adversário. Oportunista e desumanamente, parte da imprensa venezuelana tenta tirar uma vantagem eleitoral deste drama, tentando colocar a culpa pelo acidente no governo Chávez.

 Vale lembrar um acontecimento significativo na história recente da Venezuela, em 2002, alguns trabalhadores da PDVSA petróleo "vendido" ao capital estrangeiro, queriam privatizar a empresa e apoiaram o "bloqueio" contra Chávez, paralisando as refinarias. Chávez teve de agir com firmeza, dispensando os conspiradores e passando o controle da empresa nas mãos daqueles que bravamente enfrentaram os sabotadores.

Desde sábado, quando o fogo começou na Amuay, os trabalhadores do petróleo mesmo que uma vez que enfrentaram os sabotadores estão tentando de todas as maneiras , combater o fogo, com muito empenho e competência. Em breve será possível retomar as atividades da refinaria. Já os sabotadores preferem envenenar a opinião pública, correndo para abastecer a mídia com opiniões infundadas e informações, ansiosos por tirar proveito da tragédia, a fim de reverter os índices eleitorais. Um paralelo com o Paraguai também precisa ser feita. Presidente Lugo foi derrubado, como resultado de um golpe parlamentar, depois de um conflito agrário que resultou na morte de vários camponeses, sob o pretexto de ele ter sido incapaz de conter o conflito. No caso do Paraguai, desde 2009, o WikiLeaks tem cobrado que os Estados Unidos estavam preparando um golpe contra Lugo.

 Na Venezuela, o jornal espanhol El País, publicada em 2006, houve uma história sobre um videogame fabricado nos Estados Unidos, que teve como objetivo derrubar o governo venezuelano. Os vilões da história eram "rojos" - vermelho - e parte do jogo proposto um ataque à refinaria Amuay. Para nós, é difícil não considerar algumas hipóteses: antes de estes antecedentes, havendo apenas 40 dias até as eleições presidenciais , será um acidente desta proporção têm sido, na verdade, mera coincidência?

 A pergunta paira no ar: acidente ou sabotagem? toda a solidariedade dos trabalhadores de petróleo do Brasil para os mortos, os feridos e suas famílias! * Emanuel Cancella é secretário-geral do Sindipetro RJ e diretor da Federação Nacional de Petróleo (FNP)

 http://english.pravda.ru/world/americas/05-09-2012/122080-venezuela_sabotage-0/

 
 
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