Mantega : Não haverá ajuste do preço dos combustíveis à curto prazo
O governo do Brasil não está considerando autorizar um aumento do preço dos combustíveis para a Petrobras, o ministro das Finanças brasileiro, Guido Mantega, disse quarta-feira.
(um ministro declara num dia, outro ministro desmente no dia seguinte...e está longe de ser a primeira vez que acontece)
Mantega fez a declaração em resposta a informações da imprensa local que o governo permitiria que a Petrobras, fisesse um ajuste do preço dos combustíveis para ajudar a compensar perdas íngremes postadas no segundo trimestre.
"O governo não tem garantido um reajuste de preço de combustível para a Petrobras", disse Mantega, disse em uma declaração feita através do gabinete do ministério de imprensa. "Houve dois reajustes de preços neste ano, e não há uma perspectiva de um reajuste de preço novo no horizonte."
O Ministro das Minas e Energia do Brasil, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira que um ajuste de preços seria necessário e era uma possibilidade real, mas disse que nenhuma decisão tinha sido tomada ainda para autorizá-lo. Lobão disse que o governo estava preocupado com o possível impacto das variações de preços sobre a inflação.
A Petrobras na semana passada registrou um prejuízo líquido no segundo trimestre de R$ 1.35 bilhões, ante um lucro líquido de R$ 10.9 bilhões no mesmo trimestre do ano passado. O resultado trimestral foi o pior registrado em mais de uma década.
Em uma conferência telefônica após o relatório de ganhos, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster disse que a empresa estava estudando a possibilidade de ajustar os preços locais para compensar o impacto dos elevados preços internacionais de combustíveis no balanço da companhia.
De acordo com algumas estimativas de analistas, os preços dos combustíveis no Brasil são subvalorizadas em até 10% a 15%.
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