A Sinovel é processada no Brasil por roubo de códigos de software- FT
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| Algumas turbinas da Sinovel |
Numa teia complexa de disputas legais, Desenvix, a empresa de energia brasileira, entrou com um processo judicial contra a Sinovel em um tribunal no Brasil, em um esforço para forçar a empresa chinesa para fornecer o código do software que faz parte das 23 turbinas que comprou no ano passado.
A Desenvix diz que acredita que os códigos de software podem ter sido roubados de outra empresa: a AMSC, dos EUA, que é fabricante de componentes.
Os códigos são já objeto de uma disputa de um ano de duração legal entre a AMSC, que está processando a Sinovel em vários tribunais chineses por acusações de roubo de propriedade intelectual.
A AMSC também entrou com um processo judicial no Brasil contra a Desenvix no início deste ano, que solicita o acesso aos códigos dentro das turbinas que são agora propriedade da Desenvix. O que, por sua vez, obrigou a Desenvix a entrar com os seus próprios procedimentos legais contra a Sinovel.
Os fabricantes de turbinas chinesas têm crescido rapidamente nos últimos cinco anos e agora contam-se entre as maiores do mundo. Mas a Sinovel, a maior fabricante de turbinas da China , está enfrentando acusações mais amplas de roubo de IP por seus concorrentes estrangeiros, que ecoam acusações feitas anteriormente contra outras empresas de fabricação chinesa, incluindo as empresas chinesas do trem de alta velocidade, .
"A recusa da Sinovel para fornecer provas suficientes de que as turbinas não contêm propriedade intelectual roubada, nos deixou - e a seu próprio cliente - nenhuma outra escolha que apresentar uma ordem judicial para que as turbinas sejam inspecionadas", disse John Powell, advogado-chefe da AMSC.
A Sinovel tropeçou em seus esforços para se expandir fora da China, por causa de preocupações sobre a qualidade de suas turbinas, bem como suas disputas legais com a AMSC.
A Sinovel já foi a maior cliente da AMSC - responsável por mais de dois terços da receita da empresa norte-americana no último trimestre de 2010 - mas a relação azedou no início de 2011, após a Sinovel não conseguir pagar mais de US $ 50 milhões de compras.
As disputas legais já lançaram uma cortina de fumaça sobre projetos no exterior da Sinovel . Como resultado, um dos seus maiores contratos potenciais no exterior, um projeto de $ 2,1 bilhões com o desenvolvedor irlandes Mainstream Renewable Power , foi suspenso .
Desenvix e Energen, uma empresa controlada pelo grupo brasileiro de energia eólica, abriram um processo conjunto contra a Sinovel em 6 de julho, de acordo com um documento do tribunal obtido pelo Financial Times.
Desenvix se recusou a comentar.
A Sinovel se recusou a comentar sobre a disputa legal. Mas em entrevistas anteriores com o Financial Times, a Sinovel negou irregularidades.
O Brasil é um dos mercados mais quentes do mundo para a energia eólica, como o país deverá adicionar1.400 megawatts este ano e 1.500 MW em 2013, acima dos 392MW de 2010, de acordo com pesquisa realizada pela Bloomberg New Energy Finance.
http://www.ft.com/intl/cms/s/0/bc7b1f04-dbb8-11e1-8d78-00144feab49a.html#axzz22DgGs5MX
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