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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

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Petróleo volta para 100 dólares o barril, mas quem se importa?



A volatilidade do preço do petróleo está de volta, e por isso são chamadas inúmeras  investigações sobre o que o está conduzindo. Os contribuintes têm pago por inúmeras sondagenss semelhantes ao longo de décadas, sem um resultado conclusivo.

Antes desta década, era inédito para os preços do petróleo bruto saltarem alguns dólares por dia, a menos que os EUA estivessem sob um embargo comercial ou prestes a entrar numa guerra (o que não é tão raro, também). E mesmo assim, o preço total de petróleo não era proibitivo (lembrar que durante todo o mês que antecedeu à guerra do Iraque, em março de 2003, o petróleo não tenha ultrapassado os $ 38 o barril, muito menos $ 100).

No entanto, hoje, sem um grande acontecimento mediático à vista, testemunhamos oscilações de preços que iriam envergonhar os picos de tempos de guerra. Apesar do pronunciamento do American Petroleum Institute, em junho, que os estoques de petróleo nos EUA atingiram uma alta jamais vista em mais de três décadas,  dois dólares de mudanças no preço do petróleo - inclusive a de hoje - é agora vista como banal.
Por quê?  A questão tornou-se um incômodo para não menos do que uma dúzia de departamentos e agências governamentais, entre eles o....(aqui lista uma série de departamentos).....  e, é claro, o Departamento de Energia.

Enquanto mentes inteligentes podem diferir a respeito de porque os preços do petróleo subiram tanto quanto 630% na última década -  especulação ou fundamentos? - um fato não é mais debatido: uma mudança parece ter ocorrido na tectônica do setor de petróleo, que está mantendo os preços altos. E o custo de ignorar este fato não augura nada de bom para os consumidores ou nossa segurança nacional.

A retórica oferecida por Washington foi tão impressionante como tem sido ineficaz, com uma enxurrada de investigações, grupos de trabalho e informações gerais resultando em nada, mesmo quando eles se estendem pelos anos no futuro, desviando dólares dos contribuintes. Tomando nota, um punhado de senadores e até mesmo o presidente Obama, recentemente, aumentaram a pressão.

Maria Cantwell, senadora democrata pelo estado de Washington, fez perguntas  durante uma audiência no Senado há duas semanas, destinadas a verificar o progresso do trabalho, muito elogiado, do Departamento de Justiça "Oil and Gas Price Fraude Working Group", que envolve muitas das agências (não) listadas acima, e autoridades estaduais. Comprometendo-se a "acompanhar os mercados de petróleo e gás para possíveis violações das leis criminais ou civis para proteger contra o prejuízo ilegal ao consumidor",  o DOJ tem procurado descobrir a atividade ilegal no mercado de energia, embora tenha se esquivado de explicar exatamente como. Cantwell é conhecida por suas posições fortes sobre questões do mercado de energia após os enormes problemas no passado com a Enron, enquanto ainda era uma senadora júnior. O escândalo, ela notou, provou "que acontece uma manipulação feroz do mercado."

Desde que se formou em abril por ordem do Presidente Obama, muito pouco foi ouvido do grupo  de trabalho do DOJ. Isso é decepcionante, como o DOJ é uma das únicas armas do governo federal com o poder legal de trazer suspeitos à justiça e aprisioná-los, ao invés de criminosos civil, que são simplesmente multados (e geralmente pagam muito menos do que eles lucraram violando a lei.) "Estamos incentivando um aumento na comunicação, formal e informal, e partilha de informação entre as agências do governo", diz um porta-voz DOJ. "Até agora, não houve casos particulares de encontrar fraudes, civis ou criminais."

Compartilhamento de informações? Com táticas como essa, os infratores devem tomar cuidado...

O artigo, bem interessante, segue com diversos argumentos, inclusive que existem muitos mais contratos de papel de compra e venda de petrróleo, do que petróleo, propriamente dito, para, no final, concluir com as palavras do senador (independente) pelo estado de Vermont, Bernard Sanders:

"Um dos grandes temas dos nossos tempos é se o povo Americano, através do Congresso, irá controlar a cobiça, a imprudência e o comportamento ilegal de Wall Street, ou se Wall Street irá continuar a arruinar a nossa economia e as vidas das famílias dos trabalhadores"

Será que essas poderiam ser palavras-de-ordem do movimento Occupy Wall Street?

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http://finance.fortune.cnn.com/2011/11/29/investigating-oil-100-barrel/

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