A Exxon e a Rosneft (russa) se unem para exploração global.
O acordo, assinado na presença do primeiro-ministro Vladimir Putin em sua residência de férias no Mar Negro, é uma grande vitória para a Exxon, uma vez que compete com outras companhias internacionais de petróleo para campos novos, cada vez mais escassos.
O pacto também é um sucesso para czar do petróleo do Kremlin, Igor Sechin, que tem procurado atrair de volta as grandes empresas de petróleo estrangeiras cujas tecnologias são vitais para o desenvolvimento da próxima geração de campos de petróleo russo. A aliança com a Exxon, a maior empresa de petróleo dos EUA, dará exposição internacional Rosneft que tem procurado ficar mais perto do topo da liga de companhias de petróleo globais.
"Esta parceria em larga escala representa um passo significativo estratégico por ambas as empresas", presidente-executivo da Exxon Rex Tillerson, disse em uma declaração por escrito.
"É muito bom que a Rosneft tenha um bom parceiro estratégico", Putin disse aos executivos no momento da assinatura, especificamente saudando a expertise da Exxon no Ártico.
Um perdedor do pacto é a BP, que anunciou um acordo semelhante com a Rosneft no início deste ano, apenas para vê-lo bloqueado pela oposição dos parceiros russos atuais da BP , um grupo de bilionários soviéticos que detêm metade da joint ventureTNK-BP Ltd .
O pacto da Exxon com a Rosneft cobre os mesmos três campos do Ártico que a BP tinha vindo discutir, bem como outras formas de cooperação dentro e fora da Rússia que a BP tinha esperado . A BP não quis comentar.
"As propostas da Exxon eram melhores, não só do que as da BP, mas também de todos os outros que foram feitas pelos líderes mundiais em petróleo e gás", disse o Vice-Primeiro-ministro Sechin , segundo a Interfax. Porta-voz da Rosneft, Rustam Kazharov, disse que o acordo com a Exxon inclui mais cooperação internacional e maior investimento inicial nas áreas do Ártico.
O valor global do negócio Exxon-Rosneft não foi divulgado, mas o Sr. Kazharov disse que o investimento total seria no "dezenas de bilhões de dólares." As companhias informaram que eles antevêem um programa de exploração de $ 3,2 bilhões em mar do Ártico Kara e no Mar Negro. As empresas anunciaram o acordo do Mar Negro no início deste ano, colocando as despesas de exploração em pelo menos $ 1 bilhão.
A Rosneft e a Exxon não comentaram sobre o tamanho possível dos campos do Ártico, mas a BP no início deste ano disse que poderia render tanto petróleo e gás natural como o Mar do Norte. As estimativas da Rosneft dos campos do Ártico são de 4,9 bilhões de barris de reservas recuperáveis bruto, enquanto a do Mar Negro tem reservas de 1,2 bilhões de barris.
Mas os riscos no desenvolvimento dos campos do Ártico são muitos, na região coberta de gêlo a maior parte do ano, até a quase completa falta de infra-estrutura na área. Além disso, a carga fiscal pesada da Rússia, também impede a exploração de petróleo muito novo, dizem representantes do setor. Na cerimônia de assinatura terça-feira, Tillerson saudou os esforços do governo russo de reformar o sistema fiscal, que segundo ele vai "ajudar a ampliar a cooperação no ambiente difícil agora na Rússia", informou a Interfax.
O novo acordo também prevê a cooperação nos EUA com a Rosneft, possivelmente, para obter participações em projetos da Exxon no Golfo do México e Texas, assim como possíveis oportunidades para o desenvolvimento conjunto de campos de petróleo difíceis de recuperar, da Rosneft na Sibéria Ocidental.
"Temos uma visão clara para a direção estratégica da Rosneft na construção de expertise de classe mundial nos negócios offshore e recuperação de petróleo ", disse o presidente Eduard Khudainatov, da Rosneft.
Rosneft e Exxon, têm trabalhado juntos desde a década de 1990 no projeto Sakhalin-1, no Extremo Oriente da Rússia, um empreendimento que o Sr. Tillerson trabalhou na época. O projeto Sakhalin tem enfrentado anos de dificuldades burocráticas entre outras, mas tem sido um sucesso.
Em 2003, a Exxon estava se preparando para fazer uma aposta muito maior em relação à Rússia, tendo uma grande participação na OAO Yukos, então a maior empresa de petróleo. Mas poucos dias depois de o então CEO da Exxon conhecer o Sr. Putin, que era presidente na época, para discutir o negócio, o fundador e CEO da Yukos Mikhail Khodorkovsky foi preso sob acusação de evasão fiscal e fraude. A Yukos foi mais tarde levada à falência e quebrada. A maioria dos seus ativos foram assumidas pelo Rosneft.
A Shell PLC também manteve conversações com Rosneft sobre a exploração no Mar de Kara.
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http://online.wsj.com/article/SB10001424053111904199404576540350519892620.html
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